O calor chegou e a criançada voltou a frequentar praias e piscinas. Surge a dúvida sobre que bóia usar na criança. Mas você sabia que alguns desses dispositivos não passam de brinquedos e não são efetivamente equipamentos de segurança? Vamos conhecer os tipos e características de cada flutuador para criança?
Boias de Braço
Muito populares, mas são um brinquedo e não um dispositivo de segurança! Não oferecem proteção contra afogamentos!
Elas podem escorregar do braço, restringir movimentos da criança e apresentar vazamentos. Além disso, não ajudam a manter o rosto da criança fora da água.
Oferecem uma falsa sensação de segurança que pode ser perigosa. Jamais deixe a criança sozinha, mesmo que saiba nadar!
Recomendadas para crianças acima de 2 anos (verificar peso especificado pelo fabricante).
Média de preço: 30 reais
Boias tipo anel
Mais um item que deve ser usado apenas para recreação e com a criança ao alcance das mãos de um adulto. Não deve ser usada por crianças abaixo de 3 anos.
Tem o risco de esvaziar por algum vazamento e não garante que a criança fique segura pois pode escorregar na bóia e afundar.
Preço médio: 30 reais
Boias de sentar
Esse tipo de bóia permite que a criança fique sentada, com as pernas encaixadas em buracos na parte interna. Recomendada para crianças acima de 6 meses, que já conseguem ficar mais firmes sentadas.
Não é segura pois um movimento mais amplo da criança pode fazer com que a bóia vire e ela fique com o rosto na água. Além disso, a parte interna da bóia pode rasgar com o movimento e o peso da criança. Deve ser utilizada como brinquedo, ao alcance da mãos de um adulto.
Preço médio: 50 reais
Colete
A Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam esse tipo como o mais seguro para crianças abaixo de 4 anos, pois é improvável que a criança consiga retirar sozinha. Existem modelos de espuma e também infláveis.
Os coletes usados para recreação não apresentam certificação da Marinha, como ocorre com coletes salva-vidas utilizados em barcos ou navios. Alguns têm certificação do Inmetro por se enquadrarem na categoria de brinquedos.
Apesar de considerados “mais seguros”, caso a criança vire de cabeça para baixo na água, o colete não irá ajudar. Há algumas críticas também pelo fato de o colete subir um pouco quando a criança está na água, atrapalhando a movimentação.
Recomendado para crianças acima de 2 anos (verificar peso especificado pelo fabricante).
O preço médio varia de 30 reais (inflável) a 150 reais (espuma).
Boia “Puddle jumper”
Possui um flutuador que fica no peito da criança e dois flutuadores para os braços.
Esse tipo de bóia é um ótimo auxílio para aumentar a confiança da criança na hora de aprender a nadar. Ao contrário do colete, que tende a jogar o corpo da criança para trás, essa bóia permite que a criança projete o corpo mais pra frente.
Nos Estados Unidos é aprovada pela Guarda Costeira como dispositivo de segurança.
Recomendada para crianças acima de 2 anos (verificar peso especificado pelo fabricante)
Média de preço: 150 reais
Boia de Pescoço
Essa boia geralmente é usada por bebês menores e mantém apenas o pescoço e cabeça para fora da água.
Apesar de alguns pais acharem que a criança fica confortável nessa boia, especialistas alertam para um possível desconforto para a musculatura do pescoço, tão essencial nessa idade, recomendando mais exercícios com o bebê de barriga para baixo se o objetivo da atividade for realmente apenas o estímulo do bebê. Além disso, o bebê deve estar ao alcance das mãos pois pode escorregar e cair para dentro da água.
Média de preço: 80 reais
Atenção!
Nenhum dispositivo de flutuação substitui a supervisão constante de uma adulto! Fique atento!