Bronquiolite

Por março 9, 2017 fevereiro 21st, 2018 Doenças, Saúde

O outono está chegando e com ele as doenças respiratórias… A bronquiolite, doença que ocorre no primeiro ano de vida, é uma das maiores causas de procura aos pronto-socorros infantis e internações nesta época do ano.

O que é?

É uma infecção do trato respiratório ocasionado por vírus, principalmente o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), mas sabe-se hoje que mais de 10 tipos de vírus podem causar esse quadro.

Meu filho pode ter?

A maioria das crianças é infectada no primeiro ano de vida e sabe-se que todas as crianças serão expostas a estes vírus até o segundo ano de idade. Podendo recorrer durante toda a vida, mas causando sintomas respiratórios mais intensos na primeira exposição.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que cerca de 60 milhões de pessoas são infectadas em todo o mundo por ano.

Quando pode acontecer?

Esses quadros são mais frequentes nas estações mais frias do ano e em regiões mais quentes ocorrem o ano todo de maneira mais regular. No Brasil, os picos de incidência variam de acordo com a região, mas sabe-se que a grande maioria dos casos ocorrem entre os meses de Abril até Julho.

Como posso identificar?

Os quadros costumam iniciar como um “resfriadinho” comum: coriza, obstrução nasal, seguido de tosse que pode ser seca ou produtiva (tosse “cheia”). Algumas vezes acompanhado de rouquidão leve, falta de apetite, febre, vômitos e diarreia de acordo com o agente causador.

Quanto tempo isso dura?

Costuma durar de 5-15 dias de quadro com intensidade variável, sendo que a maioria das crianças não necessitam de internação, mas é a causa de uma demanda intensa nos pronto-socorros e clínicas pediátricas.

Meu filho pode pegar? Qual o risco?

Pacientes com maior risco de desenvolver quadros mais graves: prematuros, portadores de cardiopatia congênita, crianças com doença pulmonar crônica, imunossuprimidos, ou seja com baixa imunidade como transplantados e em tratamento de câncer, assim como aquelas portadoras de doenças neurológicas. Porém a maioria das crianças que internam com complicações do quadro são previamente saudáveis. Bebês abaixo de 3 meses de idade, mesmo saudáveis, tem mais risco de internação ou complicações.

Quando devo me preocupar?

O quadro costuma piorar entre o terceiro e quinto dia de evolução, tosse mais intensa e até crises de tosse e cansaço. Devemos ficar atentas quando: cansaço muito intenso: respiração rápida, barriguinha “afundando” quando respira, criança “molinha” mesmo sem febre e quando parece que a criança está muito pálida ou “roxinha” em boca, face ou pés e mãos.

Como trato?

O tratamento deve ser orientado pelo pediatra ou médico da família que atende a criança. Lavagem nasal com soro fisiológico e hidratação com grande oferta de líquidos sempre ajudam e são indicados desde os primeiros sintomas. O tratamento deve ser prescrito com orientação médica. Procure sempre o seu pediatra de confiança para orientações.

Posso prevenir?

Evite lugares cheios e fechados nos períodos de maior incidência. Não deixe pessoas resfriadas ou doentes visitarem o seu bebê, principalmente recém nascido. Se alguém em casa estiver resfriado, intensificar a lavagem das mãos e estimular o uso de álcool gel. Para as mães que amamentam, caso tenham este quadro as orientações são as mesmas e devem procurar amamentar usando máscara, mas o principal agente são as mãos, então cuidado redobrado.

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